01abr
2013
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A Arca de Noé em Doce

Há muito tempo atrás, em uma aldeia morava um homem bom, honesto, justo e muito caridoso. Seu nome: Noé. Ele vivia com a esposa e três filhos casados: Sem, Cam e Jafé. Era uma família de muitos dons e tons. No lugar onde viviam as pessoas eram más, sombrias, descrentes e muito egoístas.

Deus estava aborrecido com a humanidade. Conversou com Noé, o homem sábio. Deus pediu que ele construísse uma embarcação tão grande que abrigasse todas as espécies de animais da terra, pois haveria um terrível dilúvio.

Noé ficou apreensivo, achou estranho o pedido divino, mas mesmo assim obedeceu. Ele e a família derrubaram as árvores, prepararam as toras, enfim, construíram a arca com as dimensões  encomendadas para caberem  todos os animais.  Era grande o trabalho, toda  a família ajudou. Eles precisavam dar conta, afinal era um pedido do Criador. Eles não poderiam falhar. Havia muita  esperança no ar.

Dias e dias de muito trabalho. Todos estavam empenhados nessa empreitada. As pessoas não acreditavam no que estava acontecendo, riam de Noé e de sua família. Mas eles, enquanto terminavam a arca, já procuravam casais de cada animal. Era uma infinidade de tamanhos e cores…

Depois de algum tempo, a arca ficou totalmente acabada e betumada. Noé conferiu a entrada dos animais, um casal de cada espécie. Entravam dois a dois, macho e fêmea, animais silvestres, animais domésticos, enfim tudo que se move sobre a terra e tudo que voa. Era um caleidoscópio da fauna abaixo do cinza que se armava no céu.

Tudo estava pronto. Os animais estavam acomodados em pequenos compartimentos. Todos conviviam em perfeita harmonia. Havia alimentos armazenados, tudo para a família e as espécies sobreviverem durante o dilúvio.

Lá no céu, nuvens negras anunciando uma tremenda tempestade.

Ch… ch… ch… ch… ch…

Chuvarada! A água cobria o chão, relva, mata, arbustos, árvores, montanhas, tudo… Água e mais água. Uma cascata contínua despencava do céu, um mar de chuva…

Quarenta dias e quarenta noites de muita chuva.

Tudo já completamente devastado pelas águas. Só a arca, Noé, sua família e os casais de animais estavam protegidos.

A chuvarada continuou cada vez mais forte, renovando a esperança. Inundou tudo.  A arca se movimentava com a água subindo, subindo, cada vez mais. Ela flutuava nas águas que despencavam do céu. Na arca um leque confuso de emoções!

Afinal, passado um  bom tempo sem chuva, a arca não mais balançava. Estava bem tranquila… Noé achou que tudo estivesse terminado. Abriu, então, a janela e soltou um corvo. Mas ainda não era hora. Ele logo voltou, pois não havia lugar para pousar. Sinal de que o perigo ainda pairava no ar. Ainda era difícil a situação.

Ficaram mais tempo, mais dias e dias confinados. Até que Noé resolveu soltar uma pomba branca,  com vários tons de esperança. Viva! Ela volta com um galhinho de oliveira no bico. Felizes todos, Viva!

Um mar de barro de todos os lados. Diversos tons de marrom, sinal de que a terra estava fértil, pronta para a plantação. Noé já trazia  as uvas na mão.

Saíram da arca todos os animais, um a um: silvestres, domésticos, répteis, aves… para crescerem e multiplicarem-se na Terra.

Foi quando apareceu no céu um arco multicolorido, deslizando das nuvens: roxo, azul, turquesa, verde, amarelo, laranja e vermelho; sinal da aliança entre Deus e os homens que agora poderiam saborear a vida recomeçar.

O cinza da tormenta e o tormento de tantos dias deram passagem à esperança, na certeza de a vida brotar em todos os cantos: na terra, no ar, no mar, pessoas e animais…

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