30mar
2022
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Jardins de Monet – GIVERNY

Vários locais onde moraram artistas foram transformados em museus ou fundações. Isso também aconteceu com a propriedade onde Claude Monet viveu entre 1883 até 6 de dezembro de 1936, data de sua morte. Hoje a propriedade é a Fundação Claude Monet desde 1980.

Giverny é uma pequena cidade no interior da França. Fica na Alta Normandia, a 75 km de Paris. O local é de fácil acesso, pois há diversos trens que levam a essa encantadora cidade. Depois pega-se um ônibus que nos deixa próximos à casa do pintor impressionista. A casa de Monet está a pouco mais de cinco minutos de caminhada do fim da linha do ônibus. O caminho pela rua estreita, repleto de jardins floridos e casas coloridas, já dá uma mostra do que os visitantes encontrarão na propriedade do artista.

Em 1893, dez anos depois de sua chegada a Giverny, Monet comprou o terreno vizinho de sua propriedade, do outro lado da ferrovia.  Esse terreno possuía um riacho e uma pequena lagoa, onde o artista fez seu jardim de águas. Esse jardim está cheio de assimetrias e curvas, tendo sido inspirado nos jardins japoneses que Monet tanto retratou. Para chegar a esse espaço, uma paisagem com chorões, canoas, pontes e ninfeias do lago, é preciso atravessar uma passagem subterrânea. De um lado tem o jardim das águas e do outro lado está o jardim das flores, denominado: o Clos Normand, onde está a casa rosada de Monet.

Os dois jardins: o das flores e o das águas se completam. O primeiro é cheio de flores simples e raras, árvores frutíferas e ornamentais. Seus jardins não eram organizados, Monet não gostava de organização no jardim. Ele plantou as mudas belíssimas conforme as cores e deixou-as crescer com liberdade. Dizem que Monet e equipe plantaram mais de mil e oitocentas variedades de plantas.

Bem em frente ao maravilhoso jardim, com belos espaços, fica o arco de metal com rosas perfumadas, que nos leva até a porta da casa do pintor. A casa, a princípio, era chamada “Casa da Prensa de Cidra” e era bem menor. Recebia esse nome, pois havia uma prensa de maçã na localidade. Monet ampliou a casa nos dois lados, ficando com 40metros de comprimento por 5 metros de largura. A residência abrigava dez pessoas e muitos amigos, pois estava repleta de vida e felicidade.

A casa tem todos os aposentos restaurados. O ateliê apresenta pinturas de Monet e de seus amigos. A exuberância e alegria dos jardins estão presentes no colorido dos cômodos. Cada quarto apresenta uma característica diferenciada. O amarelo predomina na sala de jantar com quatorze lugares à mesa, e, na decoração, muitos desenhos de artistas japoneses. Já a cozinha é com azulejos azuis e muitos utensílios em cobre. Tanto sala de jantar quanto a cozinha abrem suas portas para o iluminado jardim.

Ao lado da casa, fica o celeiro que se tornou estúdio principalmente para armazenar suas obras, já que ele gostava de pintar ao ar livre. Hoje é uma loja.

A casa e os jardins ficam abertos apenas do final de março até o final de novembro, das 9h30 às 17h30.

Visitar Giverny é como contemplar as pinturas de Monet e estar inseridas nela. É ver a natureza que ele eternizou em suas pinturas. Você se sente parte integrante de suas belíssimas telas.

No caminho de volta para o ônibus, ainda na rua do museu, você encontrará restaurantes floridos encantadores, servindo especialidades normandas simplesmente deliciosas. Foi onde saboreei uma sobremesa dos deuses, o melhor doce de minha vida. Sabor inesquecível, com uma natureza exuberante. Isso é Giverny!

Nossos agradecimentos à Fundação Claude Monet por ter nos autorizado a utilizar as fotografias acima. As fotografias são de inteira propriedade da Fundação Claude Monet, todos os direitos reservados. É proibida toda e qualquer utilização sem autorização.

Confira também o post sobre os detalhes da casa de Monet.

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