O Fantasma Capitão Padilha do Museu da Pesca
Hennnnnnn…
Tap, tap, tap, tap… Crremmmmmm, crrremmmmmmmm, crrremmmmmmmm…
A porta rangendo. Passos e mais passos e simultaneamente barulho de correntes sendo arrastadas entre os inúmeros animais marinhos taxidermizados (empalhados) e expostos nas salas do Museu da Pesca de Santos.
É verdade! Um fantasma habita o museu e dizem que ele o protege.
Várias pessoas ouviram diversas vezes esses sons e todos ficaram com muito medo, pois o som é muito real.
Hennnnnnn…
Tap, tap, tap, tap… Crremmmmmm, crrremmmmmmmm, crrremmmmmmmm…
Tais sons são ouvidos com frequência quando não há visitantes no museu e podem ser percebidos por quem esteja fechando as portas ou trabalhando lá até mais tarde.
Sabe-se que o fantasma aparece nesse prédio desde quando era uma escola de Escola de Aprendizes Marinheiros do Estado de São Paulo. Depois o prédio se transformou na “Escola de Pesca”. Hoje é o atual Museu de Pesca. Os alunos aprendizes de marinheiros ficavam de cabelo em pé com os barulhos fantasmagóricos que escutavam durante a noite. Nenhum deles se atrevia a sair do quarto, nem ir ao banheiro durante esse período, por não querer dar de cara com o temido fantasma que caminhava pelo prédio inteiro. Hennnnnnn… Tap, tap, tap, tap… Crremmmmmm, crrremmmmmmmm…
Segundo a lenda, o capitão-tenente Garcez Palha, conhecido carinhosamente por Capitão Padilha, depois de ter navegado muito nos mares da costa brasileira, supervisionou com bastante zelo as obras de construção do imponente imóvel que abrigaria a Escola de Aprendizes Marinheiros. Gostava tanto de seu trabalho que continua zelando pelo prédio até hoje. Por isso, o antigo capitão é um fantasma do bem.
O fantasma capitão é tão querido por todos que quando reformaram o museu, os arquitetos resolveram fazer um quarto para o capitão. Esse cômodo fica no alto de um barco lúdico com acesso complicado e bem baixo. “Será que o Capitão Padilha era baixinho?”
Na acomodação do capitão tem cama, uma arca cheia de joias de faz-de-conta, um baú de tesouro lúdico, uma espada e instrumentos de navegação.
Miau, miauuu…
– Que miado é esse?
– Ah! É do Sardinha, o gato de estimação do capitão que fica tomando conta do quarto, miando para todo estranho que entra no aposento do fantasma Capitão Padilha.
Miau, miau, miauuuuuu…
