O fantástico mundo das doces histórias – Colégio Crer de Jundiaí
A magia do conto, pelos valores simbólicos que provocam na mente, pode exercer uma função de autoconhecimento e sensibilização. O Colégio Crer, de Jundiaí (SP), estimulou os seus alunos do Ensino Fundamental I a serem não apenas leitores, mas também autores de suas próprias histórias – e em espanhol.

Com o objetivo de fazer a criança observar, verbalizar e criar universos, foram implementadas na instituição as “Dulces historias” (“Doces Histórias”). A ideia surgiu a partir de uma coleção de contos da autora Elisabete Ribeiro, que é um projeto a ser utilizado como instrumento alfabetizador – com essas histórias, o jovem interpreta as diversas linguagens: a plástica das páginas pelas fotografias, as esculturas em doces, os cenários mágicos, a releitura de pinturas e a arte culinária. Por fim, há um espaço para abusar da imaginação nos livros.
Histórias doces e ‘muy’ criativas
Além de promover a criatividade, o projeto buscou incentivar a leitura e a escrita das crianças em espanhol. O material, antes disponível em português e em inglês, foi adaptado para a língua hispânica pela própria autora a partir da idealização do Colégio Crer.
“A palavra não é apenas um instrumento de comunicação, mas um momento de revelação de conhecimento, consciência, intuição, criação, fantasia, desejo… a ideia é que a criança se envolva com o conto e, depois de ter lido e ouvido várias versões, crie sua própria história baseada nas ilustrações, tudo na língua espanhola”, revela Mauren Mamede Cardoso, coordenadora do Colégio.

O prazer de criar e compartilhar
Do primeiro ao quinto ano, cada turma trabalhou com um conto diferente. Além da (re)criação de histórias, foram realizadas várias atividades, entre elas confecção de doces e bolos personalizados, pipocas e, claro, o fantástico mundo da fantasia.

São muitos os objetivos cumpridos na realização desse projeto. “Vivenciar e encontrar prazer na trajetória de ser ouvinte, leitor, contador, escritor e autor, bem como estimular o aluno a procurar diversas ferramentas para conhecer a história em si, como vídeos, escritas e imagens que mais lhes chamam a atenção”, explica Mauren.
Para encerrar o projeto, foi realizada até mesmo uma noite de autógrafos com a presença da coordenação e da Elisabete Ribeiro, autora dos livros – mas os autógrafos, dessa vez, não foram dados por ela, e sim pelos novos autores e contadores de histórias: os alunos do Colégio Crer.
“Realizar esse projeto é como voltar ao passado e relembrar dos grandes clássicos literários infantis”, relatou o professor Cléber, que acompanhou toda a elaboração das atividades. “O projeto ainda conta com temas do cotidiano em sala de aula, como o compartilhamento dos objetos que temos e até mesmo o olhar ao próximo”, complementa.
Como fazer na minha escola:
– Entrar em contato com a autora dos livros, Elisabete Ribeiro (www.doceshistorias.com.br);
– Idealizar em qual idioma o projeto será desenvolvido;
– Com a ajuda da colaboração dos pais, a coleção de cinco livros vai para as gráficas (cada turma ganha um livro de contos);
– Projetar ideias lúdicas para ir além do processo de ler e escrever.

Publicação Rede de Experiências – Ações que marcam, educadores que inspiram!