Prêmio “Mulher de Negócios da Cidade de Caieiras – 2014” – 1º Lugar
Hoje quem escreve no blog de Doces Histórias é a Ana, amiga, ex-aluna e parceira da Elisabete.
Gostaria de compartilhar com vocês o momento emocionante em que a Elisabete ganhou em 1º lugar o Prêmio “Mulher de Negócios” da cidade de Caieiras – São Paulo. Ela foi premiada pela sua Doce História valorizando e fortalecendo seu papel como empreendedora, servindo de incentivo e inspiração para outras mulheres. Uma profissional inteligente, criativa, dedicada, competente e acima de tudo divertida.
Bete, parabéns pelo seu prêmio!
Segue abaixo a “Doce História” vitoriosa:
Doce História
Tenha uma vida rica de vida
Faça do fogão, da caneta, seus instrumentos de criação
Leia, pinte, desenhe, escreva.
Clarice Lispector
Tudo começou há vinte e oito anos – a família foi presenteada com uma criança especial.
A tia quis retribuir o presente, preparando em seu primeiro aniversário doces diferentes: palhaços, coelhos, pinguins, tartarugas… Isso só aconteceu depois de muita pesquisa, de curiosas informações de amigas, conversas com as tias doceiras – lembranças da infância – paixão de família.
E como viver acrescenta, a pesquisa continuou. Só doces modelados não eram o bastante. Surgiu, então, o cenário em doce.
Como professora de Literatura Infantil, sentia ser preciso mais. Era a presença da poesia na mesa de aniversário: Lá vem o trenzinho, cruzando o caminho…
De repente em outro aniversário – um novo desafio: – “Tia, quero a festa do Aladim e a lâmpada maravilhosa.” Depois de muita pesquisa, cursos e programas culinários: pedido atendido.
Muitas histórias em doce aconteceram para afilhados, sobrinhos, primos, filhos de amigos, alunas, crianças carentes… Com o nascimento da afilhada há seis anos surgiram mais histórias… Até que o reencontro com a ex-aluna e amiga Ana Claudia transformou busca, fantasia e muito imaginar… em livros. A vontade de representar em doce o instante mágico do conto aliou-se ao gosto pela fotografia. Assim, a cena em doce, que vinha cada vez mais pensada, exercitada, burilada, agora estava fixadaem fotos. Ea fugacidade da cena, que se acabava quando degustada, saboreada, devorada mesmo, a cada evento, agora era perenizada pela foto e organizada em livro, em linguagem visual, disponível à criança, para que lesse as imagens, contasse a sua história, brincasse de autor(a).
Em Doces Histórias, a criança encontra diversas linguagens para interpretar: a plasticidade das páginas pelas fotografias; as esculturas em doces; cenários portadores da magia de histórias consagradas; a releitura de pinturas; a arte culinária, para então criar a sua própria história nas páginas em branco do livro, motivada por uma leitura pelos sentidos (visual, tátil, gustativo…).
Quanto à temática, o conjunto da obra preocupa-se em passar, além dos valores humanos dos contos tradicionais, a exaltação da natureza por uma representação pictórica de plantas, flores, bichinhos, o que pode levar implicitamente a uma conscientização de respeito pelo meio ambiente.
Com essa proposta de livro, chegam todos os envolvidos ao que se pretende nessa relação livro / conto / fábula / criança / autoras (em prosa ou em verso, em escrita ou colagem…): que essas páginas sejam lidas como uma linguagem de amor.
Para que a magia das histórias chegue a seus pequenos destinatários, cada livro é elaborado a partir de minuciosa pesquisa das histórias e criterioso roteiro. Inicia-se a modelagem dos personagens, a confecção de árvores, flores, casas, castelos, ponte, horta… todos elementos necessários para a montagem dos cenáriosem doce. Noestúdio, são montadas as sequências de cenas para serem perenizadas nas fotografias. Feitas as fotos, passam por um processo de seleção e editoração para enfim transformarem-se no livro, cada obra apresentando de 8 a 18 gravuras.
Alcançada essa etapa de concretização dos livros, deu-se a busca de editora para a publicação. Dadas as dificuldades que se apresentam a quem publica um primeiro livro, no histórico de Doces Histórias acontece a criação de editora própria. A partir de então foi divulgar, distribuir e administrar.
São 13 sonhos realizados, 13 livros publicados em 3 anos. Mais de 60 escolas aguçam a criatividade das crianças com a circulação das histórias: Branca de Neve, A Cigarra e as Formigas, A Galinha Ruiva, A Arca de Noé, Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, Os Músicos de Bremen, O Patinho Feio, A Pequena Sereia, Peter Pan e Wendy, Os Três Porquinhos e Vitória-Régia. São mais de 6.000 escritores-mirins.
Na trajetória da coleção, atualmente, preparam-se futuros lançamentos: A Raposa e as Uvas, A Princesa e a Ervilha, Rapunzel, A Bela Adormecida, O Nascimento de Jesus, O Trenzinho Piuí.
Aderindo à proposta de intermediar esse contexto de fantasia e a criança, as escolas vêm desenvolvendo atividades as mais diversas, como: Noite de Autógrafos, Meu Primeiro Livro, Chá da Vovó, Feira Cultural, Contação, Oficinas, Portfólio, Sarau Literário, Teatro, Recital, Releitura de Pinturas, Musical… Esse repertório já motivou atividades para o resgate da memória, em trabalhos com a terceira idade, bem como tem sido empregado como suporte em tratamentos por psicopedagoga, psicóloga e fonoaudióloga, portanto, em função terapêutica.
No Município de Caieiras, Doces Histórias já teve a oportunidade de levar o encantamento dos contos aos alunos de uma creche e de uma escola, com contação e degustação ao final. Uma escola da rede particular já adota seus livros há três anos consecutivos. Participou com exposição, contação e “sala do autor” da 5ª Feira do Livro da Cidade, cujo tema foi: Tantas Histórias para Contar. Caieiras está inscrita também no livro Trenzinho Piuí em Doce, que corta, em andamento de sonho, uma serra (a da Cantareira), lembranças da infância.
O maior prêmio que a coleção angaria – o brilho no olhar das crianças-autoras, ao lerem suas próprias histórias.