A Lebre e a Tartaruga em Doce
Era um dia completamente ensolarado, de céu azul, de tranquilidade a todos que moravam na cidade.
Por ali ao redor, moravam animais. Todos eram conhecidos entre si, mas… havia algo no ar – alguns se incomodavam com certo ar zombeteiro da lebre, cheia de si, por sua agilidade, até mesmo pela rapidez que era capaz de desenvolver na corrida, superior à de seus vizinhos.
A tartaruga, por sua vez, sentia-se cansada de ouvir expressões como: “Lerda como uma tartaruga” e queria provar que, de uma forma ou de outra, todos têm qualidades. Pensou: “Corrida curta eu não venço, mas numa maratona tenho chances.” Por isso, resolveu desafiar a lebre, a mais veloz…
Marcaram local e hora, avisaram alguns animais, que seriam juízes e testemunhas da prova.
No dia marcado estavam lá: os amigos coelhos, as amigas tartarugas, porquinhos, cachorrinho, gato, galinha, leão e ratinho. Ah! Formigas também.
Tartaruga e lebre posicionadas, a raposa na posição de juiz. Acenou a bandeira para a largada.
A tartaruga levantou uma pata e, quando foi colocá-la no chão, a lebre já estava loooonge! Mas, a desafiante não se intimidou com isso, começou o seu trajeto, no ritmo que lhe é peculiar.
Passo a passo, seguiu o percurso. Cada vez mais, a lebre se distanciava.
Mas a tartaruga continuou em seu intento.
Tão distante estava a lebre que resolveu parar e conversar com uma coelha, comendo apetitosas cenouras.
Tanto comeu que adormeceu. A coelha até foi embora, pois não tinha com quem conversar.
De tão despreocupada, a lebre descansou, descansou…
A tartaruga, que todo o tempo esteve bem atrás, passou pela lebre adormecida. E como a lebre dormia! A persistente competidora tinha visto pelo caminho plantações e plantações, alfaces apetitosas, mas se conteve e foi em frente.
Quando estava se aproximando da linha de chegada, os bichinhos começaram a se alvoroçar. Gritaram, a tal ponto que acordaram a lebre. Ela nem sabia onde estava. Recuperando-se, com uma sacudidela, saiu em disparada, mas, já era tarde!
LEN-TA-MEN-TE –A –TAR-TA-RU-GA- CHE-GOU-LÁ! Exausta, de língua de fora, mas, CHE-GOU-LÁ!
A persistência levou-a à vitória.
Agora, a lebre não zomba mais de ninguém, não mais se acha a velocista maioral.
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